O "Outubro Rosa", no Programa
Comunidade Escola, CEI Nair de Macedo, foi diferente neste domingo, 21 de
outubro. Desde às 10h da manhã foi todo dedicado a prevenção do câncer e diálogo
com crianças e jovens, Pois, segundo a Revista Latino-Americana de Medicina, o
câncer infantil corresponde um grupo de doenças (tumores sólidos e doenças
sistêmicas) que têm em comum a proliferação desordenada e descontrolada de
células anormais, comprometendo tecidos e órgãos.
As estatísticas sobre incidência do câncer
em pacientes menores de 20 anos, nos Estados Unidos, indicam que as leucemias
encontram-se entre os tipos mais comuns (31,4%), vindo, na seqüência, os
tumores de sistema nervoso central (17,6%), os linfomas (12,4%), os tumores de
tecidos moles (7,1%), os tumores do sistema nervoso simpático (6,6%), os
tumores renais (6,3%), os tumores ósseos (5%) e outros tumores (4,5%). Quanto à
mortalidade, constitui-se na segunda causa de morte entre crianças americanas
menores de 15 anos.
No Brasil, anualmente, de 12 a 13 mil crianças menores
de 14 anos são acometidas por algum tipo de câncer, e destas, cerca de 70%
podem ser consideradas curadas, dependendo da precocidade do diagnóstico.
Quanto à mortalidade, apresenta-se como a terceira causa de morte na população
abaixo de 14 anos.
O aumento da sobrevida de crianças e
adolescentes com câncer, que ora vem ocorrendo no Brasil, à semelhança de
outros países, é decorrente do tratamento multidisciplinar, ou seja, da
utilização de métodos de diagnóstico mais apurados; da evolução dos
medicamentos e agentes que proporcionam suporte contra infecções; da utilização
de novas modalidades hemoterápicas e dos transplantes de medula óssea; do apoio
psicossocial e da nutrição adequada. Outro aspecto importante para o aumento da
sobrevida é a detecção precoce da doença; no entanto, essa detecção, na maioria
das vezes, ainda ocorre de forma acidental.
Com base nestas informações, tantos as
crianças e os jovens que compareceram, puderam participar mais ativamente das
atividades, com preocupação, mas também com solidariedade e cidadania. Num
primeiro momento confeccionaram o símbolo da prevenção, a fita rosa com as
Professoras Monique e Elizabeth, logo depois, no Farol do Saber Clarice
Lispector, com as agentes de leitura Ademair e Jaqueline, confeccionaram a
Rosa, também símbolo de combate a doença. Ás12h, foram ao laboratório de Informática
para assistir vídeos informativos sobre o Câncer infanto-juvenil, assim como o
que fazer para ter uma vida mais saudável para prevenção da doença. Ficaram
admirados em saber que este tipo de doença também acomete jovens. O jovem Jean,
de 15 anos, comentou "Eu não vou ter câncer, pois pratico esportes, tenho
uma boa alimentação e não uso nenhuma droga". Com este comentário, os
demais também procuraram afirmar suas palavras.
O
vídeo elaborado por pacientes do setor de Hematologia e Transplante de Medula
Óssea do Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, inspirado no vídeo das
crianças de Seattle (Children's Hospital), fez crianças e jovens da comunidade,
presente, pensarem um pouco mais na cidadania que é se tornar um doador de
medula óssea, sabendo que após os 18 anos, todos podem livremente fazer esta
escolha.
Eis o
caminho: a semente foi lançada. Que colhamos bons frutos!
(Notícia enviada pela Professora Coordenadora Elizabeth)